quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Carta do Bispo Auxiliar Eleito da Arquidiocese de Goiânia, Mons. Waldemar Passini Dalbello: “Quero fazer-me um dom para vocês”



Carta do Bispo Auxiliar Eleito da Arquidiocese de Goiânia

Em sua nomeação, Monsenhor Waldemar Passini Dalbello dirigiu uma mensagem especial a toda a Arquidiocese de Goiânia.


“Quero fazer-me um dom para vocês, irmãos padres e diáconos do clero de Goiânia, religiosos e religiosas, e queridos fieis leigos”, disse.


Carta do Bispo Auxiliar Eleito aos Padres, Religiosos e Fieis Leigos da Arquidiocese de Goiânia

Nesta quarta-feira da Oitava do Natal de Jesus, no clima das festas de final de ano, faz-se pública a notícia do chamado do Senhor a mim dirigido para que possa segui-Lo mais de perto, como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Goiânia.

Consciente de que todos somos vocacionados à comunhão com Deus no amor, sei também que a cada um é dado um ministério para o bem do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Com o sentimento de que a escolha para o episcopado vem do Alto, pela mediação do ministério petrino do Papa Bento XVI, é que me coloco à disposição para colaborar com Dom Washington Cruz em sua missão de estar à frente da Igreja de Goiânia.

Ouço interiormente aquele “segue-me” dirigido aos primeiros Apóstolos do Senhor e confesso-lhes, irmãos e irmãs, minha alegria em responder “sim”, em dizer-Lhe: “eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Não é um dom a possibilidade de servir os irmãos e irmãs? Um operário convocado pelo Senhor da Messe deve então se alegrar, e com maior motivo pelo fato de se unir ao ministério dos bons pastores que a Igreja de Goiânia tem tido em sua história. Sei que a nova missão comportará trabalhos e fadigas que não tenho a possibilidade de avaliar agora. Mas antes de tudo, toda missão na Igreja é um dom. Para bem cumpri-la, confio-me desde já às suas preces e conto com sua amizade.

Assim, portanto, quero fazer-me um dom para vocês, irmãos padres e diáconos do clero de Goiânia, religiosos e religiosas, e queridos fieis leigos. Devo dizer-lhes que minha juventude na Igreja está profundamente ligada a Goiânia. Concluído o ensino médio no colégio São Francisco de Assis, em Anápolis, vim estudar na UFG em Goiânia no ano de 1984. Aqui vivi por cinco anos, dedicando-me também à vida cristã na Paróquia N. Sra. da Assunção, no conjunto Itatiaia. Foi ali que, assistido por um dedicado pároco, o Pe. Sergio Foglia, um missionário italiano de feliz memória, pude discernir minha vocação ao sacerdócio como o melhor modo de entregar-me à construção do Reino, que está no meio de nós e cresce continuamente (cf. Mc 4,27). Naquela paróquia fui crismado por Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, nosso arcebispo emérito, por quem nutro grande respeito e admiração. Foi ali, a partir da convivência com os jovens, os catequistas e os casais amigos daquela comunidade que percebi como seria bom ser padre para poder servir outros tantos irmãos.

Em 2006 voltei a esta querida Arquidiocese como Reitor do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney, onde a partir daquele ano também passaram a ser formados os seminaristas maiores da Arquidiocese de Goiânia. Desde então meu coração se aproxima cada vez mais daqueles que desejam ter um ministro ordenado para cuidar das comunidades e, sobretudo, dos que nelas se encontram mais fragilizados. Sei que se rezarmos e trabalharmos com entusiasmo e grande responsabilidade não nos faltarão os pastores que a Igreja necessita para a obra da nova evangelização, pela qual a sociedade de nosso tempo está clamando. Basta ler os sinais!

Devo dizer que permanecerei devedor à Arquidiocese de Brasília, onde fui formado para ser padre e que me fez missionário em “minhas terras goianas”. Ao arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, e ao arcebispo emérito, o Cardeal Dom José Freire Falcão, aos formadores do Seminário N. Sra. de Fátima e a todo o clero de Brasília, bem como aos irmãos religiosos e leigos, só posso dizer-lhes muito obrigado por todo o bem que me fizeram e assegurar-lhes minha proximidade.

Ao concluir, manifesto ao Papa Bento XVI minha admiração e gratidão pela confiança em mim depositada. A ele também expresso meu profundo desejo de viver uma comunhão sempre atual com a Sé de Pedro. Agradeço a Dom Washington Cruz pela confiança e pela amizade que por mim tem demonstrado ao longo destes últimos anos. Com ele espero aprender a ser bispo. Também manifesto minha estima aos bispos das dioceses da Província Eclesiástica de Goiânia e de todo o Regional Centro-Oeste da CNBB, pastores dedicados e solícitos pelo bem de todos os que lhes são confiados.

O grande apóstolo Paulo, evangelizador e pai de muitas comunidades, contemplou a verdade de Cristo Jesus como um tesouro inexaurível para cada homem, cada mulher, de todos os tempos. Sinto-me por ele exortado neste momento: “deixai-vos reconciliar com Deus” (2Cor 5,20). A todos vocês, irmãos e irmãs, peço em minha pequenez, que me confiem em suas preces ao Senhor e aos cuidados da Virgem Maria, N. Sra. Auxiliadora, para que eu seja um homem reconciliado e um fervoroso ministro da palavra de reconciliação, que exclui o medo nas relações com Deus, confirma na confiança e convoca à fraternidade.


Pe. Waldemar Passini Dalbello
Bispo Auxiliar eleito da Arquidiocese de Goiânia
Arquidiocese de Goiânia, 30 de dezembro de 2009

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