sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dom Mauro Piacenza para o Ano Sacerdotal: Alma do sacerdote deve ter “musculatura de Rambo”, que seja alimentada com “a oração, a vida interior



Alma do sacerdote deve ter “musculatura de Rambo”, que seja alimentada com “a oração, a vida interior e a verdadeira motivação”

ROMA, domingo, 29 de novembro de 2009 (ZENIT.org) - O Secretário da Congregação para o Clero, Dom Mauro Piacenza, indica que a alma do sacerdote deve ter “uma musculatura interior de Rambo”, que seja alimentada com “a oração, a vida interior e a verdadeira motivação”.

FRUTOS

Dom Piacenza assegurou que durante este ano comemorativo, do qual se passaram cinco meses, muitos sacerdotes se renovaram na vocação. Ele disse que “por renovação não se entende revolução”, mas uma “renovação interior”, quer dizer, uma redescoberta das fontes da vocação sacerdotal.

Indicou que neste ano se deve “expressar o agradecimento por um serviço que tantas vezes se faz escondido”, referindo-se às atividades pastorais e litúrgicas que tantos sacerdotes desempenham”.

Dom Piacenza assinalou que são vários os aspectos da vocação sacerdotal que se pretendem ressaltar. Em primeiro lugar, a adoração eucarística: “a primeira coisa que devemos fazer é rezar”, disse o secretário.

Ele destacou ainda o papel de várias dioceses no mundo, muitas das quais têm dado uma ênfase especial nas jornadas de adoração ao Santíssimo pela santidade dos sacerdotes.

EXEMPLOS

“Os sacerdotes às vezes devem remar contra a corrente”, disse Dom Piacenza, falando “em sentido evangélico, quer dizer, fazer guerra, mas de santidade”.

Ele convidou a recordar a figura do Santo Cura D’Ars. “Que ele fez de extraordinário?”. “Nada”, respondeu. “Centrou tudo em sua vocação: as obras pastorais, a eucaristia e a confissão”.

A respeito do sacramento da confissão, Dom Piacenza afirmou: “oxalá todos nós, sacerdotes, fôssemos ‘explorados’ pelos fiéis”.

Referindo-se a São João Maria Vianney, indicou que “não tinha dotes particularíssimos de inteligência”, mas “foi um pastor excepcional. Não se licenciou em pastoral”, porque o trabalho de um sacerdote se aprende especialmente “com o amor de Deus”.

O Prelado assegurou que neste ano se quer ressaltar o aspecto da maternidade espiritual, recordando o exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, que ofereceu tantas orações, sacrifícios e mortificações pela santidade de muitos sacerdotes, até o ponto de ser declarada padroeira das missões, apesar de sua condição de religiosa de claustro.

“Ela foi uma mãe dentro da comunidade do Carmelo. Converteu-se em anjo da guarda de muitos sacerdotes”, assegurou Dom Piacenza.


Dom Mauro Piacenza
Secretário da Congregação para o Clero
29 de novembro de 2009

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