terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um ano na Igreja para redescobrir a beleza do sacerdócio





O Cardeal Hummes explica a iniciativa do Papa para recuperar o orgulho sacerdotal


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 26 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Em meio aos escândalos de sacerdotes que inquietaram a opinião pública nos últimos tempos, Bento XVI convoca um “ano sacerdotal” para mostrar que as falhas destes não são representativas da grande maioria do clero.

Assim explica o prefeito da Congregação Vaticana para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, em uma carta enviada por ocasião do ano sacerdotal, convocado por Bento XVI a partir de 19 de junho, por ocasião do 150º aniversário da morte de São João Maria Batista Vianney, o Santo Cura de Ars.

Segundo esclarece o purpurado brasileiro, será “um ano positivo e propositivo, no qual a Igreja quer dizer, sobretudo aos sacerdotes, mas também a todos os cristãos, à sociedade mundial, mediante os meios de comunicação globais, que está orgulhosa de seus sacerdotes, que os ama e os venera, que os admira e que reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida”.

O Cardeal Hummes reconhece que “é verdade que alguns foram vistos envolvidos em graves problemas e situações delicadas. Obviamente, é necessário continuar a investigação, julgar-lhes devidamente e infligir-lhes a pena merecida”, declara.
Contudo, acrescenta, “estes casos são uma porcentagem muito pequena em comparação com o número total do clero”.

“Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda a sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os que sofrem.”
“Por isso, a Igreja está orgulhosa de seus sacerdotes em todo o mundo”, sublinha a carta do cardeal.

O Ano Sacerdotal começará em 19 de junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, com a celebração das Vésperas, presidida pelo Papa, diante das relíquias de São João Maria Vianney, levadas a Roma pelo bispo de Belley-Ars.
Ao anunciar este ano, em 16 de março passado, Bento XVI explicou que com isso pretende “favorecer esta tensão dos sacerdotes pela perfeição espiritual, da qual depende, sobretudo, a eficácia do ministério”.

Por este motivo, o cardeal Hummes considera que deve ser, antes de tudo, “um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero”.

Por outro lado, o purpurado considera que este ano deve dar a oportunidade para examinar “as condições concretas e a sustentação material em que vivem nossos sacerdotes, às vezes submetidos a situações de dura pobreza. Ao mesmo tempo, um ano de celebrações religiosas e públicas, que levem o povo, as comunidades católicas locais, a rezar, a meditar, a festejar e a prestar uma justa homenagem aos seus sacerdotes”.

Com criatividade, o Cardeal pede que em cada conferência episcopal, em cada diocese ou paróquia ou em cada comunidade eclesial “se estabeleça o mais breve possível um verdadeiro e próprio programa para este ano especial”.


Cardeal Dom Cláudio Hummes
Prefeito da Congregação para o Clero

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