terça-feira, 4 de agosto de 2009

Papa afirma que Deus continua “chamando”




Papa afirma que Deus «continua chamando» novas vocações apesar das dificuldades e pede aos fiéis que «rezem intensamente» pelas vocações


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 31 de março de 2009 (ZENIT.org).- «Temos que rezar para que em todo o povo cristão cresça a confiança em Deus», que «não deixa de pedir a alguns que entreguem livremente sua existência para colaborar mais estreitamente com Ele» na vida sacerdotal e religiosa, afirma o Papa em sua mensagem por ocasião da Jornada Mundial das Vocações, que acontecerá no próximo dia 3 de maio.

Na mensagem, divulgada hoje pela Santa Sé, o Papa convida os cristãos à «confiança» na ação divina, que «guia firmemente a Igreja pelos caminhos do tempo para o cumprimento definitivo do Reino».

O Papa convida à confiança apesar de que «é verdade que em algumas regiões se registra uma escassez preocupante de presbíteros e que dificuldades e obstáculos acompanham o caminho da Igreja na obra da salvação».

Apesar disso, acrescenta, «sustenta-nos a certeza inquebrantável de que o Senhor livremente escolhe e convida a seu seguimento pessoas de todas as culturas e de todas as idades, segundo os desígnios inescrutáveis de seu amor misericordioso».

«A vocação ao sacerdócio e à vida consagrada constituem um especial dom divino, que se situa no amplo projeto de amor e de salvação que Deus tem para cada homem e para a humanidade inteira», acrescenta.


Chamado divino, liberdade humana

Em sua mensagem, o Papa insiste em várias ocasiões na importância da liberdade humana na resposta ao chamado de Deus à vida sacerdotal e religiosa.

«A iniciativa livre de Deus requer a resposta livre do homem: uma resposta positiva que pressupõe sempre a aceitação e a participação no projeto que Deus tem sobre cada um; uma resposta que acolhe a iniciativa amorosa do Senhor e chega a ser para todos os chamados uma exigência moral vinculante, uma oferenda agradecida a Deus e uma total cooperação no plano que Ele tem na história», afirma.

Esta resposta do homem tem sua fonte na Eucaristia, explica o Papa: «A convicção de ter sido salvos pelo amor de Cristo, que cada Santa Missa alimenta nos crentes e especialmente nos sacerdotes, não pode deixar de suscitar neles um confiado abandono em Cristo, que deu a vida por nós».

«Portanto, crer no Senhor e aceitar seu dom, comporta fiar-se d’Ele com agradecimento, aderindo-se a seu projeto salvífico. Se isso acontece, a pessoa chamada abandona tudo com prazer», acrescenta.

A vocação ao sacerdócio e à vida consagrada é, afirma o Papa, «esse relacionamento de amor entre a iniciativa divina e a resposta humana».

«Quem pode considerar-se digno do ministério sacerdotal? Quem pode abraçar a vida consagrada contando apenas com suas forças humanas?», pergunta.

Neste sentido, acrescenta Bento XVI, convém recordar que a resposta do homem ao chamado divino deve dar-se na «consciência de que é Deus quem toma a iniciativa e a Ele corresponde levar a cabo seu projeto de salvação».

Por isso, pede a todas as Igrejas que «mantenham viva, com oração incessante, essa invocação da iniciativa divina nas famílias e nas paróquias, nos movimentos e nas associações entregues ao apostolado, nas comunidades religiosas e em todas as estruturas da vida diocesana».

«Por parte de todos que estão chamados, é preciso desenvolver a escuta atenta e o prudente discernimento, adesão generosa e dócil ao desígnio divino, aprofundamento sério no que é próprio da vocação sacerdotal e religiosa, para corresponder a ela de maneira responsável e convencida», conclui a mensagem papal.

Bento XVI

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